Um manifesto pela mudança...
Marcelo Etcheverria.
Mestre em História pela UFRGS.
As eleições municipais são as mais interessantes e
apaixonantes. Isso ocorre porque os candidatos estão todos próximos e os
eleitos são alvo da cobrança direta por parte dos eleitores. Não ficam
escondidos lá em Brasília ou em Porto Alegre longe do olhar e da crítica dos
eleitores. As eleições municipais são praticamente um plebiscito. Um sim ou
não.
Um
plebiscito. É assim que devem ser encaradas as eleições municipais. O plebiscito
nasceu na Roma antiga. Era uma consulta a Plebe. Segundo o Dicionário Houaiss,
plebiscito é uma “consulta sobre questão específica, feita diretamente ao povo,
expressa por meio de votação do tipo sim ou não”. Então, no dia 15 de novembro,
dia no qual se comemora a proclamação da República, vamos dar um sim ou não
para o que está aí. Sendo assim, perguntas importantes devem estar na cabeça do
eleitor na hora sagrada do voto: foi cumprido o que foi prometido? Como está o
município na área da educação? Na área do saneamento? Como andam nossas
estradas? A população é bem atendida na prefeitura? O prefeito esteve sempre
ali presente na gestão dos problemas do município? São questões fundamentais a
serem pensadas pelo eleitor na hora do voto.
Como
um professor que observa as coisas de longe posso falar sobre a educação. E
aqui não estou falando de a ou b na gestão municipal. Até porque os secretários
seguem uma normativa que vem de cima. Que vem da chefia. Mas o que o que se
pode afirmar com todas as letras é que a educação foi muito mal gerenciada no
nosso município. Podemos mais! Podemos muito mais! E é gestão que está
faltando! Cito um exemplo: quase 400 mil reais saem da verba da educação para
construção de um centro comunitário. Pode isso? Nossas escolas estão tão bem
assim para não precisar desse dinheiro? Todos os alunos tem internet? Todas têm
computadores para oferecer para os alunos? Quadras de esportes apropriadas? A
posição de nossas escolas em exames de avaliação externa é nota dez? Ah mas o
bairro queria um centro comunitário... Prioridades e gestão. Uma escola com uma
quadra interditada outra sem uma quadra. Uma escola com alunos sem computador e
acesso a internet. E o importante é o centro comunitário... As tais
prioridades... Isso que nem falei em eleições nas escolas para escolha dos
diretores, do 1/3 de horas para os professores prepararem suas aulas (conquista
já garantida em lei Federal e Estadual). Escolhas... Tudo são escolhas...
Poderia
falar de tanta coisa. Do asfalto em cima de estrada boa e da falta de asfalto
nas colônias. Mas o espaço é curto e quem deve pensar é você eleitor. O sim ou
não pela continuidade é teu! E como meus leitores sabem que nunca fujo da
questão, eu já adianto que meu voto vai para a mudança. Precisamos de ousadia!
Precisamos de novas ideias! Precisamos da novidade!