segunda-feira, 25 de junho de 2012

Perdas...

Perdi a estética das
minhas rimas...

Deixei-as enterradas
em algum sonho
que não recordo...

E, como pirata de primeira viagem,
fiz um mapa sem
xis...

O xis da estética.
Situação patética esta...
Pirata com mapa,
mas sem o xis
Poeta sem rima...

domingo, 24 de junho de 2012

Pirata...

De tanto soltar pandorgas
sem vício nenhum,
sem compromisso algum.
Um dia te peguei...

Poetando...

Pegar na poesia
não é o fácil não...
É como atirar a mão
na direção de estrelas...
Muitas vezes sem vê-las.
Sem velas.
Só na escuridão...

Eterna busca da satisfação.

Tocar na poesia é sempre colorido
quadro.
Mas,
Cuidado!
É sincero...
É puro...


Fazer poesia, todos fazem,
todos que são Universo...
E que tentam
no verso Vida.
Se fazer valer
vida...


    Marcelo Etchê...

Procura...

A lição de reconstruir
o  mundo, em toda sua magia,
já aprendi...

Avatar de uma nova era.
De pessoas sinceras,
onde matar o amar
é fruto proibido...

Mas me sinto perdido...
Sem bússola e sem estrelas,
navegando no desconhecido...

As pontes que construí
não levam a lugar algum...
Ou será que sou eu que não
enxergo?
Sou um forasteiro no meu
mundo...

Sigo então
sem direção
procurando um
não
para minha
solidão...


   Marcelo Etchê...

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Sinistro...

O Diabo me espreita do outro
lado do espelho...
Suspeito que ele
deseje algo de mim (talvez um sim)...

Talvez um suspiro.
Talvez um tiro...

Me viro (quase atiro)
e encontro só o
passar de sua sombra,
ou seria a minha?

Re-viro
e lá está
Ele
de cara no vidro...

O que Ele pensa?
Talvez um tiro...
Talvez...
Retiro...

    Marcelo Etchê...

Palhaço esperança...

Cada dia que passa
fica mais difícil ter comparsas
para falar da alegria
de ser poeta.

Onde está a alegria?
Virou alegoria?

Fica tão difícil ser palhaço
num mundo feito de aço inoxidável.

Sinto-me empurrado para um parapeito
nada amigável...

É muito difícil dizer
boa-noite querida
quando a ferida social
endurece os sentidos...

Mas mais difícil ainda
é se manter palhaço
na dança...

Tentando dar esperança,
para um povo necessitado
de ser criança...

  Marcelo Etchê...

Pudesse...

Pudesse eu ter todas as
estrelas.
Teria você...

Pudesse eu pintar todas as
cores.
Pintaria a tua (nua)...

Pudesse eu fazer tudo
o que quizesse.
desejaria você...

Pudesse eu o mundo.
Seria você...

Pudesse eu toas as guerras.
Lutaria na tua...

Pudesse eu todos os versos.
Minha rima seria
você...

 Marcelo Etchê...

terça-feira, 19 de junho de 2012

Loucurinha...

Não quero saber de aspirina...
Eu sei que se é Bayer é bom...
Não para mim...

Quero explodir de dor de cabeça.
Para que ninguém esqueça
que Humano
sem
Caminho
Morre...

Marcelo Etchê...

Tentação...

Tentação...

Chove lá fora
embora exista um sol
queimando nossos corpos...

Os mortos passeiam pelas ruas.
Os vivos procuram uma maneira de
sobreviver...

Buscam nos compêndios mais
antigos a magia que se perdeu...

Procuram uma luz que
reacenda o viver...

Chove lá fora
E, embora uma metade minha, queira ir
embora...
Ficar com os mortos...
Outra, insiste e resiste...

Marcelo Etchê.

Reflexão...

Reflexão...

Não quero falar de sonhos
que nunca vivi...

Por isso falo
de mim...

Acredito no poder
dos sonhos...
Das Utopias.

Mas meu ser prefere
ficar aqui por um instante
tomando
uma cerveja
e curtindo meus amigos...

Nosso tempo é tão curto
e nossos desejos tão imediatos
que só sonhar não me basta.
Preciso concretizar...

Marcelo Etchê...

segunda-feira, 18 de junho de 2012

O Amor...

Sobre Marceloalterar
O Amor...

Neste ano, tanta coisas agitaram minha cabeça, mexeram comigo que numa das minhas muitas paradas, sozinho (que saudades da minha analista!), para refletir sobre minha existência, sobre a minha passagem pela terra, acabei por me dar conta que nunca havia escrito nada que falasse sobre o amor. Sobre meus amores!
O cantor e poeta Djavan escreveu, certa vez, que “o amor é como um raio, galopando em disparada, cobre vales, cobre rios...”. O amor é mesmo assim, ele não pede para entrar em nossos corações. Já chega arrombando a porta, feito um ocupante do MST, e quando nos damos conta, estamos possuídos por este maravilhoso e revolucionário sentimento. O amor é revolucionário porque é libertário.
Platão também associou o amor ao galope fulminante de cavalos. Segundo ele “cada um escolhe o amor segundo o seu caráter e como consideram o objeto escolhido uma espécie de imagem da divindade, erigem-lhe uma estátua no coração, com o fito de o adorar e de lhe prestar um culto secreto”. O filósofo também diz que quando amamos procuramos mostrar o nosso melhor para a pessoa amada. Escondemos nossos defeitos, nossas idiossincrasias e só mostramos o que é belo em nossas almas. É, os amantes são assim, dois deuses perfeitos, sem defeitos que vivem em um mundo que é só deles.
Mas, a grande verdade, é que possuímos muitos defeitos. E o convívio no dia-a-dia trata de despir os amantes de suas fantasias de deuses. Aí nos mostramos falhos em todos os sentidos. Somos mal-humorados, egoístas, mesquinhos. A tal ponto que não reconhecemos mais nosso objeto de amor. Daí vem as brigas, os desencontros, os descaminhos, as decepções.
O amor é mesmo complicado. Porque complexa é a alma humana! Amar muitas vezes dói, machuca, marca a gente de uma forma. Faz uma cicatriz tão grande que ela fica lá tatuada, para sempre, no fundo do coração. Mas, se amar é tão complicado, por que continuamos insistindo neste sentimento tão confuso?
A primeira resposta que me vem à cabeça não é uma resposta é uma metáfora! Ela foi contada por Wood Allen, ator e cineasta americano, no fantástico filme “Noivo neurótico, noiva nervosa”. É um filme da década de 70. Filme “antigo” como diriam meus alunos! No final do filme, o personagem principal, depois de muitas aventuras e decepções amorosas, depois de muito procurar o seu par e não achar finaliza a história com uma piada. Na piada um paciente chega para o seu analista e diz que está preocupado com o seu irmão. O analista questiona o paciente sobre qual é o problema do irmão? O paciente diz que o irmão está dizendo que é uma galinha! Prontamente o analista diz para o paciente que é para ele trazer o irmão no consultório que ele curará o problema numa só sessão. O paciente diz que não vai fazer isso. E o analista, surpreso, pergunta por que? O paciente responde curto e grosso: “é que eu preciso dos ovos!”.
Amar é assim mesmo! Muitas vezes nos decepcionamos. Muitas vezes causamos decepções e tristezas. Muitas vezes dizemos que nunca mais amaremos. Mas a grande verdade é que precisamos dos ovos! Precisamos amar! Necessitamos do amor! Amor é alegria! Como dizia Tom Jobim: “O amor só é triste quando acaba”.

Marcelo Etcheverria

O amor...


                                                        





   O Amor...

Neste ano, tanta coisas agitaram minha cabeça, mexeram comigo que numa das minhas muitas paradas, sozinho (que saudades da minha analista!), para refletir sobre minha existência, sobre a minha passagem pela terra, acabei por me dar conta que nunca havia escrito nada que falasse sobre o amor. Sobre meus amores.
O cantor e poeta Djavan escreveu, certa vez, que “o amor é como um raio, galopando em disparada, cobre vales, cobre rios...”. O amor é mesmo assim, ele não pede para entrar em nossos corações. Já chega arrombando a porta, feito um ocupante do MST, e quando nos damos conta, estamos possuídos por este maravilhoso e revolucionário sentimento. O amor é revolucionário porque é libertário.
Platão também associou o amor ao galope fulminante de cavalos. Segundo ele “cada um escolhe o amor segundo o seu caráter e como consideram o objeto escolhido uma espécie de imagem da divindade, erigem-lhe uma estátua no coração, com o fito de o adorar e de lhe prestar um culto secreto”. O filósofo também diz que quando amamos procuramos mostrar o nosso melhor para a pessoa amada. Escondemos nossos defeitos, nossas idiossincrasias e só mostramos o que é belo em nossas almas. É, os amantes são assim, dois deuses perfeitos, sem defeitos que vivem em um mundo que é só deles.
Mas, a grande verdade, é que possuímos muitos defeitos. E o convívio no dia-a-dia trata de despir os amantes de suas fantasias de deuses. Aí nos mostramos falhos em todos os sentidos. Somos mal-humorados, egoístas, mesquinhos. A tal ponto que não reconhecemos mais nosso objeto de amor. Daí vem as brigas, os desencontros, os descaminhos, as decepções.
O amor é mesmo complicado. Porque complexa é a alma humana! Amar muitas vezes dói, machuca, marca a gente de uma forma. Faz uma cicatriz tão grande que ela fica lá tatuada, para sempre, no fundo do coração. Mas, se amar é tão complicado, por que continuamos insistindo neste sentimento tão confuso?
A primeira resposta que me vem à cabeça não é uma resposta é uma metáfora! Ela foi contada por Wood Allen, ator e cineasta americano, no fantástico filme “Noivo neurótico, noiva nervosa”. É um filme da década de 70. Filme “antigo” como diriam meus alunos! No final do filme, o personagem principal, depois de muitas aventuras e decepções amorosas, depois de muito procurar o seu par e não achar finaliza a história com uma piada. Na piada um paciente chega para o seu analista e diz que está preocupado com o seu irmão. O analista questiona o paciente sobre qual é o problema do irmão? O paciente diz que o irmão está dizendo que é uma galinha! Prontamente o analista diz para o paciente que é para ele trazer o irmão no consultório que ele curará o problema numa só sessão. O paciente diz que não vai fazer isso. E o analista, surpreso, pergunta por que? O paciente responde curto e grosso: “é que eu preciso dos ovos!”.
Amar é assim mesmo! Muitas vezes nos decepcionamos. Muitas vezes causamos decepções e tristezas. Muitas vezes dizemos que nunca mais amaremos. Mas a grande verdade é que precisamos dos ovos! Precisamos amar! Necessitamos do amor! Amor é alegria! Como dizia Tom Jobim: “O amor só é triste quando acaba”.

                                                                Marcelo Etcheverria.