
O Amor...
Neste ano, tanta coisas agitaram minha cabeça, mexeram comigo que numa das minhas muitas paradas, sozinho (que saudades da minha analista!), para refletir sobre minha existência, sobre a minha passagem pela terra, acabei por me dar conta que nunca havia escrito nada que falasse sobre o amor. Sobre meus amores!
O cantor e poeta Djavan escreveu, certa vez, que “o amor é como um raio, galopando em disparada, cobre vales, cobre rios...”. O amor é mesmo assim, ele não pede para entrar em nossos corações. Já chega arrombando a porta, feito um ocupante do MST, e quando nos damos conta, estamos possuídos por este maravilhoso e revolucionário sentimento. O amor é revolucionário porque é libertário.
Platão também associou o amor ao galope fulminante de cavalos. Segundo ele “cada um escolhe o amor segundo o seu caráter e como consideram o objeto escolhido uma espécie de imagem da divindade, erigem-lhe uma estátua no coração, com o fito de o adorar e de lhe prestar um culto secreto”. O filósofo também diz que quando amamos procuramos mostrar o nosso melhor para a pessoa amada. Escondemos nossos defeitos, nossas idiossincrasias e só mostramos o que é belo em nossas almas. É, os amantes são assim, dois deuses perfeitos, sem defeitos que vivem em um mundo que é só deles.
Mas, a grande verdade, é que possuímos muitos defeitos. E o convívio no dia-a-dia trata de despir os amantes de suas fantasias de deuses. Aí nos mostramos falhos em todos os sentidos. Somos mal-humorados, egoístas, mesquinhos. A tal ponto que não reconhecemos mais nosso objeto de amor. Daí vem as brigas, os desencontros, os descaminhos, as decepções.
O amor é mesmo complicado. Porque complexa é a alma humana! Amar muitas vezes dói, machuca, marca a gente de uma forma. Faz uma cicatriz tão grande que ela fica lá tatuada, para sempre, no fundo do coração. Mas, se amar é tão complicado, por que continuamos insistindo neste sentimento tão confuso?
A primeira resposta que me vem à cabeça não é uma resposta é uma metáfora! Ela foi contada por Wood Allen, ator e cineasta americano, no fantástico filme “Noivo neurótico, noiva nervosa”. É um filme da década de 70. Filme “antigo” como diriam meus alunos! No final do filme, o personagem principal, depois de muitas aventuras e decepções amorosas, depois de muito procurar o seu par e não achar finaliza a história com uma piada. Na piada um paciente chega para o seu analista e diz que está preocupado com o seu irmão. O analista questiona o paciente sobre qual é o problema do irmão? O paciente diz que o irmão está dizendo que é uma galinha! Prontamente o analista diz para o paciente que é para ele trazer o irmão no consultório que ele curará o problema numa só sessão. O paciente diz que não vai fazer isso. E o analista, surpreso, pergunta por que? O paciente responde curto e grosso: “é que eu preciso dos ovos!”.
Amar é assim mesmo! Muitas vezes nos decepcionamos. Muitas vezes causamos decepções e tristezas. Muitas vezes dizemos que nunca mais amaremos. Mas a grande verdade é que precisamos dos ovos! Precisamos amar! Necessitamos do amor! Amor é alegria! Como dizia Tom Jobim: “O amor só é triste quando acaba”.
Marcelo Etcheverria
Neste ano, tanta coisas agitaram minha cabeça, mexeram comigo que numa das minhas muitas paradas, sozinho (que saudades da minha analista!), para refletir sobre minha existência, sobre a minha passagem pela terra, acabei por me dar conta que nunca havia escrito nada que falasse sobre o amor. Sobre meus amores!
O cantor e poeta Djavan escreveu, certa vez, que “o amor é como um raio, galopando em disparada, cobre vales, cobre rios...”. O amor é mesmo assim, ele não pede para entrar em nossos corações. Já chega arrombando a porta, feito um ocupante do MST, e quando nos damos conta, estamos possuídos por este maravilhoso e revolucionário sentimento. O amor é revolucionário porque é libertário.
Platão também associou o amor ao galope fulminante de cavalos. Segundo ele “cada um escolhe o amor segundo o seu caráter e como consideram o objeto escolhido uma espécie de imagem da divindade, erigem-lhe uma estátua no coração, com o fito de o adorar e de lhe prestar um culto secreto”. O filósofo também diz que quando amamos procuramos mostrar o nosso melhor para a pessoa amada. Escondemos nossos defeitos, nossas idiossincrasias e só mostramos o que é belo em nossas almas. É, os amantes são assim, dois deuses perfeitos, sem defeitos que vivem em um mundo que é só deles.
Mas, a grande verdade, é que possuímos muitos defeitos. E o convívio no dia-a-dia trata de despir os amantes de suas fantasias de deuses. Aí nos mostramos falhos em todos os sentidos. Somos mal-humorados, egoístas, mesquinhos. A tal ponto que não reconhecemos mais nosso objeto de amor. Daí vem as brigas, os desencontros, os descaminhos, as decepções.
O amor é mesmo complicado. Porque complexa é a alma humana! Amar muitas vezes dói, machuca, marca a gente de uma forma. Faz uma cicatriz tão grande que ela fica lá tatuada, para sempre, no fundo do coração. Mas, se amar é tão complicado, por que continuamos insistindo neste sentimento tão confuso?
A primeira resposta que me vem à cabeça não é uma resposta é uma metáfora! Ela foi contada por Wood Allen, ator e cineasta americano, no fantástico filme “Noivo neurótico, noiva nervosa”. É um filme da década de 70. Filme “antigo” como diriam meus alunos! No final do filme, o personagem principal, depois de muitas aventuras e decepções amorosas, depois de muito procurar o seu par e não achar finaliza a história com uma piada. Na piada um paciente chega para o seu analista e diz que está preocupado com o seu irmão. O analista questiona o paciente sobre qual é o problema do irmão? O paciente diz que o irmão está dizendo que é uma galinha! Prontamente o analista diz para o paciente que é para ele trazer o irmão no consultório que ele curará o problema numa só sessão. O paciente diz que não vai fazer isso. E o analista, surpreso, pergunta por que? O paciente responde curto e grosso: “é que eu preciso dos ovos!”.
Amar é assim mesmo! Muitas vezes nos decepcionamos. Muitas vezes causamos decepções e tristezas. Muitas vezes dizemos que nunca mais amaremos. Mas a grande verdade é que precisamos dos ovos! Precisamos amar! Necessitamos do amor! Amor é alegria! Como dizia Tom Jobim: “O amor só é triste quando acaba”.
Marcelo Etcheverria
Olá, Marcelo!
ResponderExcluirO amor é simples, as pessoas é que gostam de complicar. E o egoísmo é o maior inimigo desse sentimento. Ninguém quer abrir mão do que já conquistou, porque acredita que é dono do outro, do sentimento do outro. Confundem amor com possessão.
A humanidade tem muito para evoluir.
Parabéns por ter "acordado" tuas letras no blog. Exposição faz parte do negócio.
Abraço,
Obrigado, Ceres...
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